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Prestadores param de atender pelo Ipasgo

Uma dívida do Instituto de Previdência e Assistência dos Servidores do Estado (Ipasgo) de aproximadamente R$ 300 milhões pelo atraso desde outubro no pagamento de 8 mil prestadores de serviços de saúde (1 mil hospitais e 7 mil pessoas físicas, a maioria médicos) é o motivo para uma suspensão no atendimento anunciada para ocorrer a partir de hoje. A greve deve prejudicar 650 mil usuários do Ipasgo. Hospitais e médicos credenciados já tinham ontem a confirmação do Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) de que a paralisação do atendimento não constitui infração ética, como informa uma nota do Conselho, divulgada no dia 20 (relatando demora desde novembro de 2010 na quitação). O Cremego recomenda a manutenção dos atendimentos de urgência e emergência. Mesmo assim, a direção do Ipasgo não acredita no sucesso "de adesões" à paralisação e anuncia que começa a depositar hoje o pagamento do mês de outubro de 2010 para pessoas jurídicas e de novembro às pessoas físicas. Por outro lado, disse o diretor de Assistência do Ipasgo, Múcio Bonifácio Guimarães, a direção ainda acredita que médicos e hospitais revejam a posição, aceitando a proposta de parcelamento da dívida em 24 meses, o que tem sido rejeitado. "Podemos pagar à vista todos os débitos até R$ 20 mil, que seriam 70% dos prestadores, e parcelar os meses de novembro e dezembro em 24 meses daqueles que têm dívidas acima de 20 mil, quitando junto a parcela vencida a cada mês", insistiu o diretor. Essa proposta, entretanto, permanece recusada por médicos e hospitais. Parte deles até recorreu à Justiça para receber. Uma reunião, ontem, na Secretaria Estadual da Fazenda, com o secretário, Simão Cirineu Dias, o presidente do Ipasgo, José Taveira Rocha, e o coordenador do Centro de Apoio Operacional da Saúde, Marcelo Celestino, tentou evitar a paralisação, buscando um cronograma mais curto de pagamento, mas não houve êxito. O próprio secretário explicou o motivo. "Não temos recursos nem para quitar a folha de pagamento, não podemos, então, colocar em dia o que já estava atrasado (antes dele assumir)", disse, em entrevista à TV Anhanguera. A direção da Associação dos Hospitais do Estado de Goiás (Aheg) tem destacado o grande impacto negativo da inadimplência do instituto, informando que, de cada dez pacientes atendidos, em torno de sete são do Ipasgo. Laboratórios 
Às 9 horas de hoje, o presidente da Aheg, Fernando Antônio Honorato da Silva, e representantes do Comitê de Integração das Entidades Representativas dos Médicos e dos Estabelecimentos Assistenciais de Saúde (Cier-Saúde) darão entrevista sobre a suspensão do atendimento, envolvendo médicos, hospitais, laboratórios, clínicas e outros estabelecimentos de serviços de saúde.

Fonte: Jornal O Popular

Data : 24/03/2011

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